Não há razão

Por mais que houvesse uma saudade, ela tinha a certeza de poder afungentá-la a qualquer momento, antes. Agora, a saudade se transforma em batimentos acelerados e respiração audível, em vontade de gritar pelo seu nome e ter a certeza de que aquele grito poderia ser escutado não importando a distância, mas segurava voz e sensações o quanto podia.

Ela continuara a mesma, sem pressa, sem delongas, à espera de algo que não podia descrever. Sentindo que foi ao extremo, que foram ao extremo. Sentindo que nunca gostara tanto de ter errado e persistido naquilo.

Talvez, se tudo tivesse sido diferente, estariam ali, naquela banco a dividir uma mesma música. Se não tivessem dito tudo tão depressa, haveriam dias com razão.