Uma história quase perfeita

Tudo aconteceu na segunda-feira passada quando eu estava na praia. É isso aconteceu sim, mas interpretei um pouco além dessa história.

Enfim, lá estava eu, sentada no mar raso, raso, eu e a minha avó que me acompanhava, falavamos dos segredos do mar, e de quantos tesouros estariam ali perdidos.

De repente surge nas minhas mãos uma bela concha ainda fechada, pronta para se abrir, esperando o tempo certo. Todos a olhavam adimirados e com a inveja de apenas eu ter a encontrado. Eu tambem fiquei feliz, e me sentir especial de ter encontrado aquela concha jamais vista outra parecida por mim. O nome seria Crispim, como um bichinho de estimação.

Me falaram tambem que eu deveria tira-la do mar, e deveria leva-la para casa, guardar de lembrança, e o melhor de tudo: Seria meu amuleto da sorte, afinal parou em minhas mãos, tão bela raridade tauvez por sorte, ou tauvez não...

No mesmo dia na praia, logo em cima da prateleira, lá estava ela pronta para vir embora com migo. Mas o que me surpreendeu foi uma água, saída de dentro da concha, molhava os objetos que estavam perto, eram os primeiro sintomas da morte da tal vida misteriosa que abitava ali. Eu não queria que ela morresse, pelo ao contrario, desejei que vivesse com migo, longe dos outros, longe do seu lar, longe do seu mar.

Pois bem, truxe para mim, por uma noite a esqueci na no quintal, ali ficou, ficou, ficou... Por um dia inteirinho, na chuva ou no sol.

Acordei no outro dia atras do Crispim, minha conchinha. Eu a havia esquecido-a minha sorte-por um dia inteirinho.

Pois bem, a minha curiosidade era tanta para descobrir o que havia ali dentro que quando fui reve-la não estava mais ali, só me restavam sua casca, que decepção, minha sorte havia desaparecido, fugiste de mim? Sentiste medo? O que eu fiz de errado?

Uma simples concha me trouxe uma lição, essa concha é como um amor que vem para você, um amor raro, que o destino te trás. Você o cativa, leva para você, tira ele de onde estava e o deseja somente para você, quanto egoísmo, todos dizem que você teve sorte de encontrar alguem tão especial, mas você não dar o devido valor, e quando desvia os olhares e os cuidados ele vai embora. Você chora pela perda, mais ele não volta para você, pq essa sorte é rara e você deve cuidar. As únicas lembranças que ficam são as cascas machucadas, ou seja as lembranças... E a esperança de que outra "cochinha" caia na sua mão.

Menina dos olhos de Deus
Enviado por Menina dos olhos de Deus em 23/02/2007
Reeditado em 23/02/2007
Código do texto: T390965