O rio é o escravo.

Livres como um passadiço

Eu vejo as águas da correnteza

Com tanto medo, paralisado, e foi por isso

Que duvidei e agora eu sei

Bravo não é o rio, ele é o escravo

Tenho certeza, eu desconfio.

Ele é cativo

Apesar de tudo, o rio é vivo

Sempre, talvez, nunca tem lado

E as águas são comandadas por tempos a fio.

Não duvide do entulho

Que apesar do silêncio

Da frente não sai

Observei e agora eu sei

Que são as águas as ofendidas

Como resposta, vem o barulho

Com o seu bestial orgulho