Apenas uma canção de Verão

Há quanto tempo eu não vagava por aqui...

E para contrariar o meu estado meio depressivo das últimas horas, fica uma bela canção...

"Os livros da estante já não têm mais tanta importância

Do muito que eu li, do pouco que sei, nada me resta

A não ser a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei

Nem que seja só para estar ao seu lado

Só para ler no seu rosto

Uma mensagem de amor"

Se eu pudesse inalar cada segundo dos teus passos, fa-lo-ia sem dúvidas, na esperança van de te fazer entender o que sinto. É que... no real instante em que todas as coisas acontecem, suponho que tu, como eu, sejas inundada por fumos e teias coloridas, véus e nuvens escuras, poeiras e mantos puídos, cordas e éter em estado gasoso. Não vês o que fazes e depois, quando chega o momento tardio e barulhento da ressaca do pós-gozo, já nem sabes quem és, pior, já nem sabes quem eu sou, e passa a ser tudo cinzento.

As belas melodias, pelo menos, são quase sempre envolventes e lúcidas, as letras inquietas disfarçam o tremer dos meus lábios e somos contagiados por uma calma e sorridente nostalgia.

Assim, espero por ti no Verão... e espero que nessa altura a vida nos esteja a correr melhor também...

Ricardo Matta
Enviado por Ricardo Matta em 25/02/2007
Reeditado em 25/02/2007
Código do texto: T392852
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