Introdução!
Ela sempre foi uma garota esperta, talvez com pensamentos a frente das pessoas de sua idade. Sempre imaginando o melhor de cada um. Sempre a procura de respostas para perguntas que os demais já desistiram de questionar.
Sempre acreditando em mudanças internas e externas.
Ela sempre gostou de pessoas que dizem : “por favor”, “ muito obrigado", “com licença”, “eu te amo”, “me desculpe”.
Sempre gostou de pessoas que abraçam, abraçam forte, com vontade.
Pessoas que sorriem naturalmente. Que perguntam: “tudo bem?”, “como foi seu dia?”, “posso ajudar?”.
Ela sempre amou pessoas que se importam. Que possuem bom senso.
Pessoas “humanas”, sensíveis, simples.
Pessoas flexíveis.
Ela cresceu reprimida. Sem ouvir um “muito obrigado”. Retraída. Tímida.
Ela teme críticas, ela não sabe assimilar elogios.
Ela tem dificuldade de expressão. Ela teme não ser clara com suas mil e uma sensações.
Ela teme. Ela treme. Assustada com o temporal dentro de sua cabeça.
Ela procura algo neutro. Um equilíbrio.
Nem preto nem branco. Cinza!
(...)
Vagando novamente na rua das esperanças, decisões, pensamentos ocultos, sensações, sentimentos, emoções e desejos.
Mãos no bolso, aquele moleton preto estampado. Seu preferido para noites assim. Mornas.
Calça solta, all star. Cabelos ao vento. E os fones de ouvido.
Aquela música nova tocando repetidamente. Tocando fundo sua alma.
Andando lentamente, ela acompanha as estrelas que brilham maravilhosamente, deixando a majestosa Lua fazer seu espetáculo noturno.
Pensando no dia anterior, na semana anterior.
Um sorriso escapa.
A razão que a entristece.
Mas a emoção faz com que ela perca a noção e a própria razão.
O coração a leva a mil metros do céu. Toda vez.
Isso importa. Isso tem importância maior do que qualquer resposta lógica e mundana.
Baixa a cabeça, sorri novamente.
E a música continua dizendo: tente, tente, tente... de novo!
A brisa suave acaricia seu rosto. Olhando pro céu agora, ela apenas sussurra:
“Obrigada!”
(...)
"As vezes eu acho que é melhor não perguntar por quê
Onde há desejo haverá uma chama
Onde há uma chama alguém é obrigado a se queimar
Mas só porque queima não significa que você vai morrer
Você tem que levantar-se e tentar, tentar, tentar..."