AS NOSSAS VOZES...
Que as nossas vozes nunca deixem de se ouvir
Mesmo quando só digam coisas loucas
Quando juntamos de amor as nossas bocas
Ou quando descrevemos o que estamos a sentir
Que soem alto na luxúria do desejo
Espalhando palavras que nos levam à loucura
E quando a alma se mostra trémula e não segura
Resta a saudade dos tempos que te não vejo
Vozes ardentes que falam como as mãos
Quando dois corpos colados como irmãos
São esculturas expostas ao céu e à sorte
Que nunca o silêncio apague o movimento
Da vida em nós através de um beijo lento
Que as nossas vozes só se calem com a morte