QUE CIDADÃ, MEU PAI!

Na madrugada de 28 de outubro de 2012

Meu pai, aí onde estás, nesse Outro Plano, tenta não ter vergonha demais de mim, pai, tu que foste sempre um homem de convicções políticas plenas. Aquela tua filha, que conseguia fazer opções políticas claras, não existe mais. Aquela cidadã, tua filha, crescida à tua imagem e semelhança, meu pai terreno, meu pai de carne, onde será que ela foi parar? Não o sei, meu bem-amado pai. Não mais o sei, perdoa-me.

Escrita ainda na noite de 27 de outubro de 2012, véspera de eleições.