Canto de (des)armamento
Eu não ando devagar, ainda tenho pressa.
Pressa de ser alguém melhor;
Pressa de me despir, alma e corpo.
Pressa da felicidade rotineira, sem ter que duvidar.
Tenho pressa de você em mim, continuamente.
Compadeço das minhas angústias e não as mato.
Como, de uma passo de cada vez, como?
Egoísmo humano, erros humanos e quero lutar.
Eu me armo até os dentes, para que saia de coração intacto.
Pra quê? Se o que mais me machuca já adormece dentro?
Acabo por pisar em cadarços que esqueci de amarrar.
Desatenção ou delinquência, que seja.
O fato é que tropeço e caio aos teus pés.
E neguinha, fosse o motivo que fosse,
Não houve uma vez que você não estendeu a mão.