Canto de (des)armamento

Eu não ando devagar, ainda tenho pressa.

Pressa de ser alguém melhor;

Pressa de me despir, alma e corpo.

Pressa da felicidade rotineira, sem ter que duvidar.

Tenho pressa de você em mim, continuamente.

Compadeço das minhas angústias e não as mato.

Como, de uma passo de cada vez, como?

Egoísmo humano, erros humanos e quero lutar.

Eu me armo até os dentes, para que saia de coração intacto.

Pra quê? Se o que mais me machuca já adormece dentro?

Acabo por pisar em cadarços que esqueci de amarrar.

Desatenção ou delinquência, que seja.

O fato é que tropeço e caio aos teus pés.

E neguinha, fosse o motivo que fosse,

Não houve uma vez que você não estendeu a mão.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 21/11/2012
Reeditado em 21/11/2012
Código do texto: T3996949
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