Família, nem tão boa assim...

Diz numa frase: A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas.

Será mesmo?

Perdi meu avô, a menos de 2 meses. E perdi a minha avó, a menos de 2 semanas.

E é agora que estamos vendo quem realmente está do nosso lado ou não. Podemos perceber quem realmente são os primos que podemos chamar de irmãos... e quem são os tios que devemos chamar pelo nome.

Pode-se perceber, no momento em que o óbito acontece, a guerra nos olhos de cada um. Guerra por sofrimento, guerra por dinheiro, guerra por desamor.

A batalha se inicia a partir do momento que uma batalha de vida inteira, para criar filhos sozinha e sem recursos, é finalizada.

Mas afinal, que filhos se lembrarão das dores que os pais tiveram para criá-los em épocas em que os recursos eram miseráveis? Quais desses nossos pais, tios, parentes de certa idade, se lembrarão e compreenderão as necessidades de sua família?

E o que é para eles, a FAMÍLIA?

O que é além de um óbito que deve gerar uma herança? O que é além de divisão de bens? O que é?

Porque os pratos de comida dados, serão esquecidos. As festas realizadas dentro da casa de quem hoje você tenta derrubar, pouco terão importância. Tão pouca importância terá o prato de comida que foi lhe dado! Quanto menos o acolhimento!

Porque o sentimento de amor, torna-se ódio a partir do momento que os vínculos se quebram, e as pessoas a quem mais desejávamos felicidade, passam a ser estranhos, por causa de restos e sobras de uma vida perdida.

Compreender tudo isso com menos de 20 anos é um choque, mas pior que isso, é ter essa idade, e ver nossos "mestres" cometendo esses equívocos, essas masmorras de sangue e desavenças.

Tentar olhar um pouco mais ao nosso redor, repensar o quanto já precisamos de um alguém, e agora tentar fazer com que ele precise de tudo, enquanto esse tudo, você tira com as próprias mãos, sem pensar em consequências, apenas pensando em ganância. Por que... direito? Não... direito não há. Há apenas isso, a falta de compreensão, e o coração a transbordar de cegueira emocional.

Daiane Lopes
Enviado por Daiane Lopes em 27/11/2012
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