AS FIDELIDADES; A FIDELIDADE

Na manhã de 07 de dezembro de 2012

Ofereço este texto a Arana do Cerrado, sinto que ela é uma das pessoas que me podem compreender

Minhas fidelidades, todas, são para sempre, a cada ser que adentra, com direitos aceitos e adquiridos, por minha alma e coração. A palavra “esquecimento” não cabe no meu dicionário interior. Cabe, em seus múltiplos sentidos, a palavra “compromisso”, para muito além do senso comum.

Urge afirmar, ao lado disso, uma determinada presença inefável, indelével, do rosto talhado em pedra, musgo e neve, nas terras e águas mais fundas do meu ser, o rosto sempre para a mais funda, indelével, inefável de todas as minhas fidelidades. A aliança maior. Jamais haverei de abjurar, na minha alma, esta Fidelidade, este Compromisso, que têm sobrevivido a todos e a tudo neste mundo, nesta vida, talvez em outras vidas, também. Minha fidelidade e meu compromisso convosco, meu senhor.

Uma terceira coisa a dizer: que as outras presenças jamais se sintam traídas, jamais. Se alguém que me ler entender, de verdade e pela alma, o que escrevo aqui, sentir-me-ei tocada pela Graça, Graça quase impossível de alcançar, eu o sei. De todo modo, quem viajou tão longe, como eu, pelo universo dos abismos e das perdas, só tem a verdade de si mesmo a oferecer, já não tem mais medo de perder, que o que se perde é porque nunca se teve: o que é, não se pode jamais perder. Esse princípio pertence a outra lógica, pertence ao mundo de outras percepções. Quem o pode entender e aceitar? Espero que ao menos dois seres e o Amigo, ainda que de modo diverso e por via diversa, o possam plenamente compreender... e aceitar. Espero, apenas. Acima de tudo, está a liberdade de cada um que, a meu ver, a liberdade constitui, como o amor, os maiores e os mais inalienáveis dos bens.

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