SAUDADE DE PÁSSARO

Na madrugada de 10 de dezembro de 2012

Sonhei que era um pássaro a voar sobre o mar, a pousar em uma ilha. Nunca mais vi o pássaro que fui. Nunca mais. Sou a saudade do pássaro que vi em um sonho antigo, a voar sobre um mar antigo, a pousar em uma ilha antiga. Sou a saudade de um pássaro. As palavras sobreviventes são a ausência que não me consigo suprir do pássaro, do mar, da ilha em um sonho antigo, antigo… “Para isso fomos feitos… Para chorar e sermos chorados…”, como disse Vinícius. Que, à falta de mar, ainda me existam lágrimas.

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