Os passos

Os passos ficaram lá atrás, onde você viu os desatinos de minha pessoa. Parou. E olhou em si o amor que havia ficado um tanto quanto gélido. Um tanto quanto pálido. Um tanto quanto, sem cor.

Os passos ficaram ali atrás, onde você viu imperfeição em si. E verdade em mim. Onde o ar que outrora fez vida, faz a vida balançar. E o coração, bailar, e o barco à deriva, num azul, sem mar.

Os passos ficaram ali atrás. Numa areia e, se apagaram. Desapegaram. E aprenderam a desaprender de querer gostar. E gostando, se deixaram levar na onda, daquele mesmo mar.

Os passos ficaram ali atrás onde, seu coração ficou em dúvida. E onde há dúvida, na verdade, não há nada. Nem vida, nem céu, nem mar. Nem azul, nem ar, nem alguém para amar.