ABRAÇA-ME...
ABRAÇA-ME…
Abraça-me
Abraça-me sem limites nem constrangimentos
Como se eu fosse um vasto campo de flores
Como se os meus braços te esperassem há muito
E o meu corpo, ansioso, tremesse à espera do impacto
Abraça-me
Abraça-me como se o abraço fosse o último de uma vida
Encerrando em si episódios recalcados
Pela distância que nos separou
Entre olhares silenciosos
Banhados por lágrimas que não vimos
Abraça-me
Abraça-me nas noites frias que gelaram sentimentos
Entre sonos e sonhos mal acabados
Provocadores de despertares sem nome
Todo o ser que há mim te espera
Não procures palavras que nos incriminem
Abraça-me.
ÂNGELO GOMES – 18/12/2012 – 18H55