É preciso dar nome aos bois!

Agora todo mundo é suspeito. Pode ter sido filmado, fotografado, visto por dezenas de pessoas, pego em flagrante; mas é suspeito.

Ora... Até há pouco quem roubava era ladrão, quem tinha alguma deficiência física ou mental era deficiente. Quem se submetia ou induzia à corrupção era corrupto. Quem praticava atos mal vistos por uma sociedade era imoral. Quem se prostituía era prostituto ou prostituta.

Quem se vende de qualquer maneira está se prostituindo. E as pessoas e instituições estão se vendendo tão rotineiramente que não percebem isso.

Vendemo-nos ao "politicamente correto". O termo em si é até bonitinho, mas como soa falso, ingênuo, bocó... Todavia tem uma serventia: livra-nos de toda e qualquer responsabilidade. Torna-nos todos amiguinhos convictos de toda e qualquer pessoa, de todo e qualquer tipo de relacionamento. O politicamente correto está bem com todos, nunca se impõe. É sempre um bom camarada. Pode não fazer nada, pode ser o maior preguiçoso, enrolado, leniente; mas não tem problema. Ninguém bole com ele. É sempre tão na dele! Está na moda e faz parte do grupo, da equipe, do time, da família. Conheço muitos especialistas nesse tipo de conduta.

O politicamente correto está em todas. Não incomoda, não inova, não anda para frente, não volta. Não contribui com ninguém, com nenhuma equipe. É um egoísta contumaz! Pode ver alguém afundando na miséria, no erro, na derrota, no fracasso... E daí? O importante é garantir os votos, a "networking", o emprego, a "paz". E viva a hipocrisia!

Mas há uns revoltosos que mandam calar a boca, que impõem disciplina, que se sujeitam a regras e leis. Que cobram resultados de si e dos outros. Que buscam recompensa por seu trabalho bem feito. Que se aventuram e se arriscam por si e pelo bem comum. Que vão à frente arrastando muitos atrás de si.

Estes é que movem o mundo!