A CRIANÇA QUE ESPERNEIA

A imaturidade forma discursos onde à lógica e a razão se fazem incontestáveis, não são raras às vezes que formam crianças adultas, mimados, egoístas que emitem a atenção somente com o propósito de fortalecer o êxito de sua peculiaridade.

Apesar do corpo mais fragilizado a criança nada evolui em vossos pensares. O que lhe resta é a vontade de nada, fazer-se de sofrido. A criança esperneará sempre que fora necessário. Ela luta, no sentido próprio da expressão, com seu exterior num mundo onde se sente um nada, uma criança que sempre será prejudicada. Jamais ter erros é a solução para manter sua infância intacta, tenderá a se relacionar com um parceiro caridoso, para que esse por sua vez exalte sua força por viver os tormentos, da forma tida como correta, no mundo horrível dos adultos. Agora ambos sustentam suas fragilidades, de um lado o caridoso, doutro o egocêntrico, ambos não se suportam, têm repudio de vossos seres, invejam o parceiro, e se relacionam com alguém que não tem coragem de ser (dificilmente encontramos relacionamentos constituídos de pessoas similares, que sejam maturas o suficiente para dar e receber “afeto racional”). A criança agora tem total atenção para vosso choro, atenção essa, que tão a estimulada a não vê as transformações do acontecimento, os mártires é impessoal a lógica aponta.

Com o orgulho fixado no caráter será conduzido ao empobrecimento da dualidade. Um império na sua verdade que manipulará vossas visões de certeza, dirás que é forte, determinado... Todavia, uma criança que esperneia.

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 03/01/2013
Reeditado em 03/01/2013
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