FOI PARA ISSO QUE VIM?

Na manhã de 18 de janeiro de 2013

Pergunto ao meu pobre amor se ele te serviu para alguma coisa, ao longo e ao largo desses anos todos, e o meu pobre amor me olha de tal modo que me leva à conclusão insofismável de que ele, o meu pobre amor, não te serviu para nada, para nada, ou, o que é infinitamente pior, te serviu sim, te serviu para essa tua dor irremediável...

Foi para este e para outros destinos, que tais, que vim a este mundo? Foi para isto? Ah, Senhor dos Céus e da Terra, por que permitistes Vós “tanto horror perante os céus”, como bradou o Poeta dos Escravos, o grande e inesquecível Antonio Frederico de Castro Alves.

Olho tudo ao redor, olho para o que não me está ao redor, com os ainda olhos da imaginação e pergunto, em grito interior de Dor, aos Céus: Foi para isso que vim, Meu Senhor? Foi para isso que vim? Afinal, foi para isso que existe em nós o coração?

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