Negro Inverno

As velas iluminam o caminho

entre o meu negro e vazio destino.

Vejo tudo reluzindo ao pó e

corro em direção à luz,

mas ardem em chamas minha

vista ao encontrá-la,

me fazendo retornar ao

meu inferno negro.

Estou aterrado ao chão,

preso entre as correntes de

sua cruz divina,

esperando para ser esmagado pelas

paredes de sua salvação.

Que despenque de uma vez em

meu corpo todo o seu castigo.

Deixe-me morrer sozinho por ser

alucinado e sonhador,

sensível e imaturo,

apagando profundamente entre o

catedral de meus funerais...

Entre castiças e velas que fazem

queimar o fogo de minha vida...,

entre as flores que perfumam o

maior de todos os cemitérios...,

o meu coração...

07/12/04

Gabriel Rioz Gótico
Enviado por Gabriel Rioz Gótico em 13/03/2007
Reeditado em 13/03/2007
Código do texto: T411559