Ambição e Poder

É uma guerra no meio do nada

Onde tantas vidas já foram ceifadas

Jamais importando se é há suficiente razão

Se é por petróleo, como tudo indica

Tampouco se a convicções fanáticas se aplica

Matar-se inocentes, invadir-se um país

Não dá pra entender essa idéia fixa

De só enxergar um ponto de vista

A partir de conceitos abstratos tornados reais

Não obstante, reconhecer-se que idéias

Não realizadas são panacéias

Mas as alternativas são sempre desprezadas

Outras tentativas foram e são boicotadas

Em função de um único modo de pensar

No nosso dia a dia nos deparamos

com decisões mais complexas

Na nossa guerra sem vítimas

com o sistema estarmos sempre alerta

Ao que ele nos impõe e que nós aceitamos

Resolvemos o problema que se apresentar

E que muitas vezes sequer precisamos pensar

Não é admissível que uma sociedade

Com o grau de sofisticação e de complexidade

Não seja capaz de soluções melhores

Que desencadear o instinto primitivo

De disputas retrógradas elegendo inimigos

Com os quais se digladiem como animais

Não se trata de vontades de indivíduos

Nem de acidentes por brigas insanas do acaso

São entidades dos mais altos níveis intelectuais

Das mais depuradas organizações internacionais

A patrocinar as campanhas brutais

Como então não recorrer ao Divino

Se os “melhores homens” não possuem tino

Nem para reconhecerem o que se tornaram

Não perceberem que não há justificativa

Para mobilizarem-se em jornadas aflitivas

Usando de suas forças para morticínios

Por que será que o caminho

do esperado aprendizado chamado de paz

É um currículo infinito?

Por que será que sabemos sê-lo inalcançável

E mesmo assim esperamos ser um dia palpável?

É possível que seja o efeito colateral das liberdades

Resíduos do livre arbítrio nos dado um dia

Cuja melhor versão humana é a democracia

Incipiente e conivente com a questão do capital

Que acenamos e encenamos como ideal

Mas que jamais controlou a verdadeira e violenta

Falta de moral

A sua face podre, desumana e infernal