Sabedoria de família

Mulher que (se) ama e que não se abstém ao bom senso, descansa nas fronhas o artifício da bravura e, quando sabe o que quer, não se dobra, mas se desdobra - mesmo na labuta desgastante - redobrando o cuidado com as agruras da vida - armadilhas a lhe desatinarem as escolhas . Deposita palavras na cavidade do ouvido (às vezes surdo) do seu amado, e não grita; seu grito de guerra é a mansidão. Nada pior que se fazer ouvir através da inconstância... Merecidamente vencedora é aquela que se mantém briosa, mas doce; mansa, mas firme; confiante, mas atenta; amante, mas, antes de tudo, companheira...

(E se mesmo assim a relação não se mantiver de pé... que se assente, refletindo, aquele que não lhe soube dar o devido valor.)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 09/02/2013
Reeditado em 09/02/2013
Código do texto: T4131132
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