Quero seguir, caminhando simplesmente, avançando na minha jornada, indiferente aos passantes errantes e ausentes de sensibilidade  e incondicionalidades. Hipocrisias e máscaras  me ofendem quando por acaso me observam com seus olhares inconvenientes, torturantes e vulgares, dos que vivem em transe coletivo a embriagar-se. Não me importa se nesta terra onde faço meu desterro solitário, tenho amigos ou companhia.. dialogo comigo mesma nas minhas reflexões.Quem poderá decifrar-me a não ser eu?  Por mais que tente encarar cada rosto, percebo o ego traiçoeiro a prescrutar minha inocencia. Fecho-me como a flor do vale, delicada e sensivel, que para proteger-se dos predadores insensíveis, torna-se invisivel, inescrutável.... alma eremita, solitária, companheira do silencio que enriquece a alma.... minha alma!
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 14/02/2013
Reeditado em 17/03/2013
Código do texto: T4139695
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