Brisa...

A suavidade da brisa noturna me acaricia a derme e me deixa lânguida, como se um amante me tocasse... Fecho os olhos e me entrego às sensações que derivam desse carinho explicito e generoso... Suavemente me abraço num gesto de proteção? Ou seria aceitação... Minha definição fica estacionada na emoção do apenas sentir... Há essa vontade de sorrir com alguém que vejo além do olhar... De atravessar os olhos do alheio que me desperta a emoção e me apossar de sua deliciosa vivacidade, fazendo dela o alimento para minha solidão... Essa noite tem magia no ar, e a vontade de amar me invade com a mesma gostosa insistência que a maresia invade minhas narinas a e me faz vagar em pensamentos deliciosos... Maliciosos... Deixo-me dominar por essa languidez no corpo, esse arrepio na pele, essa volúpia que me faz esquecer o pudor, e saborear o desejo, com a fome de uma fêmea que assumi o que quer... Um homem que me ame com a força de um titã e a gentileza de um querubim. .Que me veja com uma maça mais que suculenta, como a sua mais louca urgência... Que me tome a boca como direito e o instinto de sobrevivência dos náufragos... e me acaricie como essa deliciosa brisa, me fazendo viajar neste desejo que me invade e me faz delirar... Nesta noite iluminada pelas estrelas, abençoada pela paisagem que se descortina no horizonte e me leva o mais longe, que o mais longínquo pensamento... Só desperto com o lamber das ondas em meus pés, trazendo-me a realidade, me fazendo perceber,de forma emocionada, com sinto falta de estar apaixonada!

Observadora
Enviado por Observadora em 17/02/2013
Reeditado em 23/04/2016
Código do texto: T4144933
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