Descobertas...

E ao fechar os olhos percebi

Que o ponto final não é o término da história...

Que ter alegria não é ser dono da verdade

Nem mesmo é sonhar com um final feliz.

Ao fechar os olhos notei

O quão belo pode ser a solidão

E quão impermeável torna-se a tristeza

Da impura criança que vive em mim.

Ao fechar os olhos descobri

Que ser eterno é apenas viver

Enquanto dura a vida

E que ao fim dela a igualdade mortal

Aguarda a todos.

Ao fechar os olhos um súbito

E horrendo frio penetra o meu ser

E minha mente em conflito se dilacera

Ao ver a decomposição de minha alma

Na escrita vazia deste texto.

Ao fechar os olhos busco-me

Em um universo inexistente

E perco-me em um grito silencioso

Ao encontrar-me navegando em terras desconhecidas

E não povoadas que é o meu coração.

Ao fechar os olhos, enxergo.

Ao calar-me apenas, grito.

Ao desistir, supero.

Ao procurar respostas, não acho.

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 22/02/2013
Reeditado em 22/02/2013
Código do texto: T4153119
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