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O excesso cega transborda e esvazia...

Há um ruído sísmico sobre o esvaziamento da cultura, o declínio da arte e uma suposta morte da mesma. Como canta os Engenheiros do Hawaii: São todos iguais / E tão desiguais / Uns mais iguais que os outros. Sim, é essa a ordem, com condenação absoluta. Ser igual é a moda atemporal, imbuída nos olhos do pensamento raso.

Não ser o mesmo que o outro ( igual ) é crime, e a condenação é o exclusão !

Os jornais ditam as notícias, o que é interessante, a TV dita às roupas, o carro que tem às chaves da sua felicidade, e assim até os sonhos São iguais.

Especialistas ditam o belo o elegante o importante!!!!

A falsa inteligência dispara nas redes sociais Frases de Clarice, nunca escritas por ela, mas é “intelectualismo” ler Clarice, então sem sentir ou tocar Lispector, uma incalculável multidão “cultua” Clarice. Se soubesse um pouco dela, jamais seriam tão uniformizados!

O que fazem na verdade é copiar e colar o pensamento do outro, ou mais ainda copiar e colar a moda da vez! Sem um grama de introspecção.

A cada instante às pessoas não sabem mais quem são sob o mar febril do excesso que cega.

Dia 22 página 12 do livro 2013