NUNCA SEREI COMPREENDIDA

NA MADRUGADA DE 25 DE FEVEREIRO DE 2013

Nunca serei realmente aceita e compreendida por aquele a quem dei, já há mais de duas décadas, os tesouros mais fundos da minha alma e da minha vida. Ele sempre partirá de mim. Sempre partirá. Sempre partirá. E eu partirei deste mundo sem saber o que fui nele e o que, nele, deixei de ser – ah, pudera eu estar a dizer de realidades virtuais! Se estivesse a falar de realidades virtuais, haveria, ainda, alguma chance para mim... alguma chance para nós.

Mais uma vez, tudo me indica que ele não quer, efetivamente, me saber, nem crer que nunca deixou de ser em mim o que sempre foi, independente do que eu tenha, talvez já há séculos, deixado de nele ser.

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