Algumas reflexões políticas, científicas e religiosas: é possível uma conciliação?

Em primeiro passo adianto que isso é apenas uma opinião pessoal. Não estou para expor o que é certo ou errado, mas uma forma de expor alguns pensamentos que aproveito o ensejo para compor esse texto. O tema de enfoque é o legado de Darwin. O pessoal lê e não aprofundam as idéias, as noções e o legado de Darwin. A sua noção acerca da seleção das espécies sempre mencionou que não é o mais forte, ou mais inteligente que vence no jogo da vida, mas sim, aquele que for mais adaptado às circunstâncias que lhe forem impostas. Nós humanos, em nossa idiotice eterna, podemos ser extintos por quaisquer circunstâncias, desde guerras ao exaurimento de recursos “desnecessários” que são usados no nosso dia-a-dia. A Direita (conservadora) se baseia muito nos ideários de promover guerras extensas e ódio contra a humanidade, no sentido de promover uma suposta “evolução” tecnológica, “de quem vença o melhor”. Darwin não falou diretamente de competição intra-espécie, a não ser por falta de recursos e de alimentos, mas sempre levantou a bandeira de que o homem, por ser um animal social, deveria colaborar e cooperar, em vez de competir. As abelhas não competem entre si. O que os homens deveriam fazer, em vez de levantar o ódio, a “repelência” dos semelhantes, tais quais vemos nessas idiotices de imãs, era competir com “extraterrestres”, com macacos, com bichos imaginários, com doenças, em vez de semelhantes. Competição intra-espécie, só vai levar a um futuro nosso: a nossa extinção... Homossexuais, mesmo que não reproduzam, não seja o seu desejo, ou desejo de outros que sejam heterossexuais, podem colaborar com a reprodução de idéias, com a reprodução memética, de ser fértil nas criações de idéias, de procriar verdadeiras revoluções que vão beneficiar a humanidade. Jesus não levantou ódio sequer contra uma prostituta, ou contra um ladrão arrependido, ou contra discípulos virgens, mas sempre mencionou que deveríamos colaborar com as nossas sementes, as nossas plantações, que seriam os nossos talentos. Não sigamos as palavras dos apóstolos, sigamos as palavras de Deus. Temos muitas pessoas que fazem apologia ao talento de poucos, quando todos nós deveríamos cultivar os nossos talentos. Exercer o talento, o ofício de lançar as sementes no mundo, quer sejam por virgens, por héteros, ou por homossexuais, não é a mesma coisa de querer ser o melhor, de ser muita coisa, mas de fazermos o nosso papel e de estendermos a nossas mãos a quem precisa, e claro, devemos honrar e agradecer as sementes, as obras das outras pessoas que cultivaram e que estão permitindo a nossa existência... Deixemos de CONSERVAR, de guardar rancor, de guardar bonecas e bonecos (e pessoas) dentro das caixas, e lancemos sementes para um futuro melhor, para a restauração do paraíso que é o nosso planeta... Não sei se foi possível conciliar essas vertentes, mas ao menos tentei...