PARA VIVER

Existem grandes poetas que escrevem por prazer.

Eu sou pequenina, escrevo para viver.

Na poesia eu respiro

Na melodia eu bebo

Toda a felicidade

Seja dentro ou fora da minha realidade

E assim a escrita faz festa

Pois sem ela a tristeza infesta

Mesmo quando eu choro estou escrevendo

Para que o sofrer se torne ameno

E bebemorando eu vou cantando

Tudo em que a escrever eu me atrevo.

Assim quem quiser me ver chorando

Vai ter que pedir uma cerveja, se aconchegar, dar um bocejo.

Vai ter que fechar os olhos e relaxar

E se agüentar em me ouvir a cantar

Pois para escrever sei que tenho algum talento

Mas não tenho soberba e me atento

Para cantar eu não tenho muita graça

Mas canto mesmo assim canto de pirraça

Solto a voz e canto sem dó

Só paro quando a garganta dá um nó

Espero a lágrima descer, enxugo na blusa.

Não me considero santa, nem Deusa, nem musa.

Mas canto alegrias valsando

E choro tristezas em frevo

Assim vou cultivando ou exorcizando

Cada alegria e cada medo

Como já deu para perceber

Eu preciso escrever

Eu escrevo para sobreviver

Não que eu tenha medo de morrer

Eu só tenho medo nessa vida bendita

É de não poder mais escrever

Se eu perder essa doce magia

Não saberei mais como viver.

Aléssya
Enviado por Aléssya em 20/03/2007
Código do texto: T419140
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