Tempo Sombrio: Marcha Lenta neste Caminhar

Tanta marcha lenta silencia a rua empedrada:

Aragem fria, percorre ruas de toda a cidade;

Ritmo de vida, ao som desta vida tão parada;

Navegar nesta planície adormecida de idade...

Calçada triste; tanta marcha lenta cansada;

Passos, que cortam o caminho da fria cidade!

Intemporalidade do tempo que tanto vagueou:

Andar inglório na calçada; caminhar do tempo;

Passos apressados, vencidos por quem andou;

Chamar paz glaciar; caminhar de momento...

Escuridão de tanto silêncio; mundo não mudou;

Sol que um dia brilhará; nascerá novo tempo!

Pedras duras da calçada, ferem como a navalha:

Âncoras de sobrevivência, pisadas ao caminhar;

Gente que passa, olha a cidade... Tanta gralha;

Clamor palpitante; tanto sofrer, tanto torturar...

Escuridão de tanto silêncio; o mundo tudo falha;

Tempo sombrio; marcha lenta neste caminhar!

Tanta penumbra; tempo vadio da vida passada:

Luz ténue; refúgio da noite, sempre acordada;

Abre a porta a tanta escuridão; à rua empedrada;

Calçada sofrida; mundo de tanta gente cansada...

Ao longe a escuridão da noite, sempre apagada;

A cidade dorme na escuridão; na rua empedrada!

22/03/2013

José Duarte André

José Duarte André
Enviado por José Duarte André em 22/03/2013
Código do texto: T4202739
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