Escrever é um ato tão intensamente libertador, que  torna-se praticamente impossivel deixar de fazê-lo quando a vontade pulsa forte e expele as palavras que inundam a mente. É como se fosse um parto urgente, inquieto  onde não se permite camuflar o que se sente.
Por isto eu digo o que penso, o que acho sem imaginar palco, nem platéia, palhaço ou arlequim, interessa-me somente a minha emoção.

Não abro mão deste conceito, de ser simplesmente quem eu sou e confesso que surpreendo-me cada dia mais com o que traduzo de mim, o caos interior representado por estrelas fecundadas num bing ben que dá origem a universos e constrangimentos.
Mas o que importa é que são minhas crias desencadeadas das explosões de um ser delirante, mente consciente, experiente, confusa, um pouco deus e um pouco gente.

Um ser em construção, sem preocupar-se com rimas ou simetrias,   rasgando  máscaras, rompendo  medos, encontrando razões interiores, insubmissões necessárias, não conformista rebelando-se para não tornar-se um ser vazio, robotizado, adormecido,  paralizado, vampirizado pelo desamor, pela indiferença, falta de fé e de fantasia.
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 30/03/2013
Reeditado em 31/03/2013
Código do texto: T4214590
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