MAIS UM: ATÉ QUANDO?

Ouvi agora a pouco uma entrevista com Mariza, a mãe do Victor Hugo Deppman, estudante assassinado barbaramente por um assaltante, na porta de casa, em São Paulo. Quem acompanhou os telejornais, viu as cenas gravadas pelo circuito interno de segurança do prédio, que rapaz não reagiu, entregou o celular, mas ainda assim foi morto com um tiro na cabeça.

Infelizmente mais um.

Mais um que vai nos indignar, provocar o debate; que já está sendo explorado pela mídia gerando gritos de justiça, porém, com o tempo, será mais um numa estatística sombria que, há muito, aponta para famílias eternamente enlutadas e esquecidas.

Mais um, diante de uma sociedade que banaliza a vida, prioriza ações que buscam interesses de alguns; brinca com o comportamento humano e mantêm leis que, na verdade, estimulam a criminalidade e geram a sensação de impunidade.

Mais um que vai expor a hipocrisia de uma classe política que não representa a maioria de uma população que vive o medo de perder seus filhos e ver o criminoso rir por ser “de menor”.

Mais um que será lembrança de um dia, que ao sair beijou a mãe... Porém, não voltou pra esta mesma mãe.

Mais um.

Infelizmente, mais um.

À “dona" Mariza, um beijo sincero de alguém que nada mais é que um pingo no oceano, mas que não se conforma.

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados... Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” JESUS CRISTO.