DIA NACIONAL DO LIVRO

Hoje, Dia Nacional do Livro, me faz lembrar que uma das maiores descobertas do ser humano, se não a maior, foi e continua sendo a escrita. As palavras com suas tipologias - como não ficar extasiado diante de formas tão belas e sensuais quando se está diante de uma escrita arábica ou com a profunda interioridade dos ideogramas orientais? - caminham há muito tempo com a humanidade, traduzindo sentimentos e pensamentos, tornando-se antropofanias.

Escrever é o mesmo que brincar. Todo escritor é um menestrel, pois brinca com as posições das palavras e as transformam em vida, em música, e como tais possuem poderes mágicos, semelhantes aos da flauta do flautista de Hamelin. Infelizmente as crianças quando ingressam nas escolas, aprendem que magia é superstição, pois não acreditam que as palavras tenham o poder de criar. É necessário educar os olhos das crianças, “as palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos” (Rubem Alves).

Como ensinar as crianças amarem a leitura? Eu não começaria com as letras e as sílabas, como fazem as escolas, simplesmente leria as estórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela desejaria que eu lhe ensinasse o segredo que transforma letras e sílabas em estórias. É muito simples, como disse certa vez Rubem Alves: “o mundo de cada pessoa é muito pequeno. Os livros são a porta para um mundo grande. Pela leitura vivemos experiências que não foram nossas e então elas passam a ser nossas”. O objetivo da leitura é dar prazer, e por isso que ela é fonte de alegria. Claro, há alguns livros chatos, não os leiam, se há tantos livros deliciosos de serem lidos, por que gastar tempo lendo um livro que não dá prazer? Na leitura fazemos turismo sem sair de casa gastando menos dinheiro e sem correr os riscos das viagens. E isso é muito bom