E qual a razão, afinal, de insistir no amor?

O que se passa na psique humana? De tantos encontros e desencontros, seguimos buscando o mesmo: o tal do amor. Aquele amor que nos enlouqueça, inspire e cause os mais fervorosos sentimentos, mas que também seja paciente, compreensivo e, por que não, indolor.

No início, há a paixão. A ideia do novo parece encantar ainda mais. São tantas atitudes e palavras inesperadas. Voltamos a ser crianças. Frio na barriga, borboletas no estômago, nervosismos repentinos- é um verdadeiro turbilhão de emoções. É a fase de amar no outro até mesmo os defeitos que nos causarão tormento num momento posterior.

Da paixão surge uma nova etapa. Os suspiros deixam de ser só de felicidade incontida. Passamos a ver um novo lado naquele que nos cerca. Precisamos, então, aprender a conviver com a diferença. Saímos das nuvens e tomamos um choque de realidade. Percebemos que não estamos somente com alguém que nos provoca maravilhosas sensações, mas também com um ser humano que possui tantas, senão mais, imperfeições.

Aqueles amores que seguem firmes, equilibrados e recíprocos costumam perdurar por anos. Aos outros, vítimas de frustrações e desilusões, resta a renovação. Por que não desistir dessa procura pelo amor? Qual a razão de persistir em relacionamentos que podem nos causar mágoas?

A verdade é que o amor nos torna mais vivos. Sentir nada mais é do que viver. Antes amar e nos frustrar do que permanecermos impassíveis a tantos sentimentos. Afinal, mais vale irmos até as nuvens por alguns instantes do que continuarmos sempre na segurança de um firme chão.

E é com essa pequena reflexão que volto a escrever nesse tão belo mundo virtual das letras. Uma boa noite a todos!

Marcela Balbão
Enviado por Marcela Balbão em 24/04/2013
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