ABRUPTAMENTE...

Sobre teus olhos coloco o meu olhar

Num indisfarçável tumulto sensual

De corpos sonhados estendidos no areal

Seios tocados sob mãos a vaguear

Desejos abruptos colados à tua imagem

Torpes palavras à cadência dos teus passos

Imaginar-te desfalecida nos meus braços

Enquanto em silêncio programo esta viagem

Sinais ao vento como aves em debandada

Meia aventura no rosto retratada

Lábios molhados como mar de feição má

Vou delirando em vagas de vão desejo

Expostas ao rubro no momento em que te vejo

E que abruptamente morrem quando não estás lá

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 27/04/2013
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