ABRUPTAMENTE...
Sobre teus olhos coloco o meu olhar
Num indisfarçável tumulto sensual
De corpos sonhados estendidos no areal
Seios tocados sob mãos a vaguear
Desejos abruptos colados à tua imagem
Torpes palavras à cadência dos teus passos
Imaginar-te desfalecida nos meus braços
Enquanto em silêncio programo esta viagem
Sinais ao vento como aves em debandada
Meia aventura no rosto retratada
Lábios molhados como mar de feição má
Vou delirando em vagas de vão desejo
Expostas ao rubro no momento em que te vejo
E que abruptamente morrem quando não estás lá