VIVA DIANTE DA NOITE

Na madrugada de 07 de maio de 2013

Estou viva, a tomar uma taça de vinho. Viva diante da noite a entrar na sala pela janela aberta. Acabo de fazer um brinde, não a ninguém que não me compreenda, não a ninguém a quem eu tenha ferido, nem a ninguém que me tenha ferido, assim como a ninguém a quem eu não compreenda; a ninguém a quem eu tenha deserdado e que me tenha deserdado : um brinde a mim, apenas, e à minha vida, vida que pulsa ainda, a despeito de tudo. A despeito de tudo, de todos os seres e coisas perdidas. Tin tin, Zuleika querida; querida sim, apesar de todos os poréns.

Um brinde a ti,amiga, sem poréns.

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