CACHORROS
Num barzinho bucólico, numa cidadezinha pequenina de Minas
Gerais, ofereci uma porção da minha comida a um cachorro
que me olhava, faminto.
Quase que imediatamente, vários cachorros surgiram de
muitos lugares, talvez pelo cheiro da carne, mas, penso,
por quê não vieram antes, quando comecei a comer?
Talvez os cachorros tenham um código telepático, sei lá.
Fico pensando que com os humanos também deveria ser assim.
Onde houvesse uma fagulha de amor, outros da espécie
fossem se achegando, se achegando, telepaticamente...