ADIVINHA...

Quando sentires uns braços a enlaçar-te o corpo

Quentes como o sussurro que te aquece a face

Que te trava as palavras mudas que tinhas para dizer

Adivinha

Adivinha de quem são os lábios que te roçam a pele

Os dedos que te massajam o pescoço

E te deixam trémula como se fosse a primeira vez

Adivinha

Adivinha quem, como que saído do nada

Ocupou o espaço até então vazio

Frio como tempestade imaginária

Tocado pela brisa suave do teu perfume

Não te vires… deixa-te estar assim

Simula que não sabes quem sou

E adivinha-me na nudez do teu silêncio…

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 09/05/2013
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