RASGO... RASGO-ME

Rasgo tudo em meu redor … rasgo-me

Dilacerando desertos de apática letargia

Que um dia, um só dia, me retiram do trilho

Que outrora me foi entregue como bússola da vida.

Rasgo traços, caminhos, identidades …

Saudades de uma hora alguma vez enriquecida …

Rasgo, rasgo-me, arranco de mim a lógica do ser

Quero entender como serei vivendo sem viver,

Quero um livro branco do meu estado de ansiedade,

Quero a verdade… Quero um sentido, um querer.

Rasgo doçuras e sons de sensualidade,

Tropeço nas amarguras, nas provocações

Que eu próprio geri, refreando sensações…

Rasgo, rasgo-me, sem a ideia de me reaver.

Ângelo Gomes – 28/3/2007 – 19h00

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 28/03/2007
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