UM SER CAPAZ DE AMAR

NA MANHÃ DE 14 DE MAIO DE 2013

Não sei se sei amar, sei que tenho passado a vida em oração pelos afetos e pelos desafetos. Ainda assim, não sei se sei amar. Talvez o seja, talvez. Espero que sim.

Para não dizer que tenha passado a vida apenas em oração (justo eu, tantas vezes cética, tantas... ah, tantas vezes!) pelos desafetos e pelos afetos, ao longo de toda a vida tentei também ajudar, com palavras, com gestos (pena que eu venha, há muito, andando tão inerme, tão sem ânima, nestes últimos e intermináveis tempos de mim).

Espero que eu seja, verdadeiramente, um ser que saiba amar, um ser capaz de amar, a despeito desse coração que já não sabe de si, ou melhor, por causa desse coração que já não sabe de si.

Espero, quero, preciso crer, de todo coração, que eu seja, de verdade, um ser capaz de amar. Se tal eu seja, que eu continue a amar, seja lá como for. Seja lá como for. Mesmo que pareça inútil o meu amor,mesmo assim, continuar a amar, antes de tudo, para ser fiel a mim.

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