A FONTE...

Que de ti brote a água fresca que me acalma

Numa torrente sempre igual, sempre terna

Que sorves da nascente a tua vida eterna

E oleias de sangue incolor a minha alma

Teu néctar que me alimenta a ilusão

Rompe em mim esperanças já perdidas

De tantas caminhadas mal vividas

Sobra o teu cristal, fantasia, inspiração

Vais buscar à montanha o teu caudal

Não tens rio, não tens mar, não tens sal

Tens as minhas mãos como estuário

Lava-me o corpo que de corpo não tem nada

Dorme comigo até que chegue a alvorada

Alivia por um dia o meu calvário

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 18/05/2013
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