A FONTE...
Que de ti brote a água fresca que me acalma
Numa torrente sempre igual, sempre terna
Que sorves da nascente a tua vida eterna
E oleias de sangue incolor a minha alma
Teu néctar que me alimenta a ilusão
Rompe em mim esperanças já perdidas
De tantas caminhadas mal vividas
Sobra o teu cristal, fantasia, inspiração
Vais buscar à montanha o teu caudal
Não tens rio, não tens mar, não tens sal
Tens as minhas mãos como estuário
Lava-me o corpo que de corpo não tem nada
Dorme comigo até que chegue a alvorada
Alivia por um dia o meu calvário