Simplicidade
Por que os meus olhos encantavam-se tanto pelas coisas disfarçadas e cuidadosamente protegidas por uma falsa perfeição?
A necessidade de me apaixonar pelas pessoas capciosas corroeu os meus afazeres diários: adorei os autênticos (como eles se denominam, através de uma estatística bem elaborada); fotos valiam mais que o que antecedeu a foto, no ato; criadores de estilos sem criatividade [...]. Culminei nas falsidades, sufoquei o pingo de realidade que ainda existia em mim... Eu sempre soube que eu devia voltar para casa. Soava em minha mente: "Valorize as suas raízes". Voltei para a minha falta de libertinagem disfarçada de controle das ações; para o meu lar, para o meu ninho, para o meu aconchego; a minha casa, a minha família. O bom de tudo: no mais, não sou tão parecida com vocês -- como pensei --, mesmo fazendo parte de vocês. Explodi por dentro. Pasmem, ninguém fotografou!