Identidade
Minha identidade está no bosque, meus pensamentos no cigarro que fumo, sou uma passagem pro nada.
Mas sou tanto; tenho saudades de todos os amores passados.
Vou pegando partes minhas em todos lugar que passo.
E dou um sorriso largo de todas as regras, porque elas estão de cabeça para baixo, nada interessa e sou junto com a velocidade, a felicidade que corre e descobre.
A neblina tão desgastada brinca com a paisagem assim como eu brinco com o passado e as palavras se alinham sozinhas nessa imensidão branca ou de cor que é o papel.
O asfalto risca, marca o chão.
O homem tem mil faces e mil fases.
Na imensidão verde, o asfalto risca o homem que passa.
Na imensidão branca a palavra risca meu pensamento que passa.
Ou fica, não sei...