Aprenda a viver!

Quando chorares por depressão, desalento, falta de compaixão ou solidão, bebe tuas lágrimas, transformando-as no elixir revigorante que te ativa e anima!

Quando a chuva torrencial e descontrolada vier de encontro a ti, não te debatas agarrado ao guarda-chuva. Livra-te do instrumento que com habilidade tentas manter sobre ti e bebe da água que te encharca, hidratando-te da procela celeste!

Não te oprimas por aquilo que não galgarás facilmente, não obterás brevemente ou não lograrás certamente! Dá importância àqueles objetos ou idéias que tuas mãos alcançam ou que tua mente emocionalmente possibilita e racionalmente configura. Viva o que tem, preocupe-se com o que vem, todavia não faça da visão e da ambição as vertentes únicas da tua vontade de viver e conviver.

Nossa estada por este mundo é tida como passageira por aqueles que passivos se mostram e glamurosa por aqueles que ativos se fizeram na fortuna, porém o diametralmente oposto não compõe a realidade! A dicotomia é imprópria, irreal! A vida não é um conjunto passageiro de malogros ou uma glamorosa e finita alegria constante.

O que perpassa, e eternamente fica, é que a vida, acima de tudo, é o aprender e reconhecer diário, o descobrir e reformular constante, o caráter estupefaciente e adaptador da personalidade humana, que descobre a beleza dos fatos na grandeza dos atos, exteriorizando a emoção de participar pela simples constatação de estar participando.

Não tire proveito da situação, tire sim o proveitoso da situação. O arrivismo desgraça a sociedade e destrói o homem que o tem por doutrina. Viva o momento, porém não viva do momento. Crie futuros concordantes ao teu presente e nunca engendre oniricamente um futuro que tenha como premissa ações indecorosas.

Saiba viver, conviver, dialogar, sopesar argumentos, analisar o momento e configurar um fundamento de convivência respeitosa. Saiba lidar com a morte, com a vida, com a noite, com o dia, com o frio, com o calor, com a escassez e com a abundância.

Viver é ter desejos e emoções, é comemorar com contento a passagem do tempo, relembrando o antes, desfrutando o agora e planejando o depois.

Quem comunga dessas ideias sabe que não é fácil, porém quem disse que é fácil viver? E se assim não fosse, se tudo fosse obtido sem esforço, será que seria tão bom? Como diria Freud, a felicidade, por natureza, só é possível como um fenômeno episódico!

Abraço!

Leandro Barreto Bortowski
Enviado por Leandro Barreto Bortowski em 02/06/2013
Código do texto: T4322439
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