O que nos dizem as pessoas.

Para não falar apenas de estrelas e nuvens. Elas falam por si só.

Para não escrever apenas sobre o céu. Pois nele já se escreveu...

Para não falar de lençóis e travesseiros. Eles não falam.

Para não escrever sobre mãos ou dedos. Elas já têm muito sobre o que escrever...

Para não contar as conchas nas praias. Elas não estão lá para serem apenas contadas...

Para não pensar em bancos de uma praça. Ninguém nota que está sentado após ter sentado.

Para não contar quanto dinheiro você tem. Descobrirás que nunca se tem o suficiente.

Para não pensar em mentiras. Elas já reúnem pensamentos demais...

Para não construir muros baixos. Seria inútil, pois logo terias que construir um maior.

Para não acumular papéis. Um dia você esquecerá porque guardou alguns deles ou sua utilidade.

Para não construir pessoas. Assim, impedir-se-á de elas poderem voar com suas próprias asas...

Para não acumular roupas. Elas ocupam seu espaço, podendo ocupar espaços de outros...

Para falarmos de nosso coração e sentimentos. Muito pouco se fala...

Para escrevermos sobre a beleza do mundo. Ela está se esvaindo aos poucos.

Para falarmos de olhares sinceros. Um simples olhar diz mais que imaginamos...

Para escrevermos com nossa alma. Pessoas levianas não entendem de sinceridade.

Para contarmos quão longo e profundo é o oceano. Muitos não o enxergam como deveriam.

Para pensarmos em como aproveitar a vida. Tem-se aproveitado bastante da vida alheia...

Para contarmos com o que der e vier. Preocupar-se com o que ainda não aconteceu, é besteira.

Para pensarmos nas maneiras de com se agradar alguém. É muito melhor que se preocupar com o contrário.

Para construirmos afeições e laços. Algumas vezes é melhor que mantermo-nos separados.

Para acumularmos lembranças e memórias. Assim se vive e se aprender como viver.

Para construirmos verdades e personalidades. Mas cada um por si...

Para acumularmos vontade e iniciativa. São a química perfeita para que se tenham boas relações.

Toleris Sato
Enviado por Toleris Sato em 01/04/2007
Código do texto: T433487