SAUDADES DA MINHA NAMORADA

Na madrugada de 12 de junho de 2013

Que saudades da minha namorada, ou melhor, da minha quase namorada, daquela que eu me poderia ter sido! Saudades da namorada que eu queria ter sido de mim mesma... que eu poderia ter sido para mim mesma... que eu poderia ter sido... Saudades das felicidades, ainda que precárias (todas o são), das felicidades que poderiam ter sido minhas, ainda que minhas no tempo de bolhas de sabão. Ah, saudade das felicidades que poderiam ter sido minhas, antes que a vida tivesse todos os seus caminhos interditados, tão interditados, por minha exclusiva culpa (eu o sei, não é preciso que me digam). Quanta saudade de ti, Zuleika, que poderias ter sido a tua grande amada, o maior amor da tua vida, se tivesses acordado a tempo... se tivesses acordado a tempo... se tivesses acordado... para seres, de ti própria, a tua grande amada, a inesquecível amada, aquela que estaria contigo, aqui, agora, fiel, realmente fiel, efetivamente fiel, neste degredo de ti mesma... em tanta espécie de degredo... em tanta espécie de degredo... em tanta espécie de degredo...

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