Jardins e Ninfeias
 

As pinceladas impressionistas afagam meus olhos e momentaneamente calam meus pensamentos.
Busco introspecção em momentos fugazes quando flerto com o silêncio à espera de respostas
Inquieta, percorro as velhas linhas que me aquecem e as mesmas palavras repetidamente escritas.
Encontro conforto no cheiro amadeirado do livro eternamente guardado, à espera da leitura que não começa para não findar.
Meus olhos, ávidos, vasculham a chuva fria que cai mas não ameniza meu estado de espírito.
Nela, espero encontrar de tudo: beleza, mistério, desafio, alento, inspiração.
Chuva minha de todos os dias. Poema inacabado das noites de silêncio e promessas a serem desveladas.
Nos dias cinza, fujo para as pinturas e cores que de certa forma também são minhas.
E a vida, com seus ventos cálidos, me acena com a plenitude da alma que não cala.
Alento nas cores vivas e formas difusas do quadro que ilumina e que traz inspiração.
E qual Monet presenteado, fico deslumbrada com a riqueza etérea que me cerca.
E nestes fragmentos, me vejo fazendo sentido mesmo sem as regras que definem uma bela pintura.
Jardins e Ninfeias
Assim também me retrato.


Imagem: Claude Monet - Google
Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 24/06/2013
Reeditado em 24/06/2013
Código do texto: T4356349
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