NÃO POSSO ACREDITAR QUE MINHA VIDA ACABE ASSIM

Na tarde de 11 de julho de 2013

Não posso acreditar que minha vida acabe assim, presa a esse EQUÍVOCO MONUMENTAL. Eu não sou uma farsante, apesar dos meus inumeráveis erros e enganos. Não é possível que me vejam assim. NÃO É POSSÍVEL QUE MINHA VIDA TERMINE ASSIM.

Eu não pertenço a esta farsa que todos abominamos, a estas misérias que se desenrolam diante de nossos olhos, neste país. Eu não pertenço a nada disso, a nada disso que traiu todos os ideais com que meu pai sonhou, ideais que com ele, meu pai, aprendi a sonhar. A nada disso pertenço nem jamais pertenci.

NÃO É JUSTO QUE MINHA VIDA TERMINE ASSIM.

P.S. Perdoe-me, quem venha a me ler, por esse texto a seu modo incompreensível. Perdoe-me. Gostaria de mudar de mundo, de galáxia se possível, mas, nada, nada é possível. Nenhuma outra galáxia, nenhum outro mundo para mim. Aliás, para ninguém.

Se compaixão houvera, pediria alguma compaixão. Compaixão não há, nem perdão, nem aceitação, nem tentativa de alguma compreensão, no meu chamado "mundo real", por parte de quase ninguém dos "meus", então... Bem, viverei o tempo que o Deus decidir, não há outra coisa a fazer.