Queria, verbo no pretérito imperfeito de um futuro incerto.
Eu queria, queria sim! Queria ser tudo, ou nada. Queria ser o real, o imaginário. Queria ser o melhor, ou o pior, ás vezes. Queria ser destemido, não há lugar para os covardes. Queria ser escritor, jogador, ator, nadador, professor, doutor e cantor. Queria ser guitarrista, poeta e comediante. Um músico! Um jornalista, talvez. Queria ser famoso, ou anônimo, depende. Queria mudar o mundo, ou apenas mudar quem está ao meu lado. Ou quem sabe apenas deixar essas pessoas que estão ao meu lado do jeito que elas são, para sempre, pois é assim que gosto delas. Queria ganhar um nobel, ou apenas um beijo, um abraço. Queria ser o principal, e o coadjuvante. O titular e o reserva. O solo e a base. Eu queria continuar esse texto, há tantas coisas ainda que eu quero. Uma só vida é muito pouco para o que eu sou. Uma só vida é muito pouco para o que eu posso ser.