GiRa MuNdO, GiRa MeNtEs

Um novo mundo suje da impossibilidade, Vejo borboletas a saírem dos túmulos esquecidos e frios, no qual um dia um sentimento covarde e impiedoso as condenou. Estampado de cores vivas está meu mundo hoje, que um dia esteve cinza, escuro, desordenado. As estrelas minhas voltarão ao céu... Minhas lágrimas curvaram-se a belos sorrisos sofridos, e o mar de silenciosas águas geladas e profundas, não mais voltará a ser a cova minha. As raízes escuras reencontraram sua luz e um novo castelo fora erguido no âmbito sublime, em meio a uma miséria, humanamente exposta. É notória a mutação, e nas metamorfoses tantas, uma semente traz em seu ventre, um demônio desfalecido aos braços de um anjo misericordioso, provando que vindouros tempos e pétalas cavalgam na direção certa, e que uma velha guerra será cessada, cujos soldados acordaram e ergueu com seus braços banhados do sangue amargo-doce, a pátria sua de sentimentos inabaláveis, guardados na minha criada caixinha de sonhos. Os passos perdidos estão voltando pra casa, aos meus pés. Aquele relógio empoeirado reencontrou seus segundos eternos e fez seus ponteiros pulsarem ao ritmo de um coração numa erupção de carinhosas chamas de luz. Neste campo de guerra, predomina hoje um exército de perfumadas flores. Então, gira mundo, gira mentes... Momentos de boas sementes. O atual estado de espirito da morte amiga, inevitavelmente evidencia sua consequente mutação, de paz pós-anjos pelo chão num momento passado, amargo, aniquilador. Metamorfoses mudando dores, neutralizando horrores e trazendo luz às molduras que aprisionavam nossos sorrisos apagados, antes decorações de um cenário triste e empoeirado deixado pelo medo de amar, hoje, com vidas próprias e perdidas na contemplação de vindouros sonhos, ressurgidos das entranhas da amiga morte. Enquanto às pétalas que inundavam esquinas com lágrimas inquietas, hoje reencontram suas doces raízes, cravando de forma implacável sua tão sublime essência nas terras desconhecidas do eterno. O antes agitado mar sente a calmaria e tranquiliza-se nas profundezas de sua gelada e silenciosa água, provando que os anjos voltaram e os demônios se foram. Já não me perco nos caminhos, pois agora sei onde estou. Agora sei que nunca dei um único passo e que jamais tomei caminho algum, apenas me perdi em mim, em busca de ti. Veja minhas palavras surrealistas, elas provam que não conheço limites tendo-a como objetivo. Estamos em paz finalmente, seja bem vinda a mim, pois estou a caminho do mesmo.

GCarlos
Enviado por GCarlos em 15/07/2013
Reeditado em 03/04/2014
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