Recordação

Hoje me encontro meio saudosa, ouvindo minhas músicas antigas, então me pus a pensar como é gostoso relembrar o passado, quando no radiosinho a gente ouvia as noticias do estado e curtíamos músicas de qualidade, recordo-me que na minha adolescência, a noite deitava na minha cama, ligava o rádio e curtia aquele momento romântico, com músicas acústicas, recordo-me bem de ouvir, o grande e inesquecível TIM MAIA, cantando as músicas, Dia de domingo, Azul da cor do mar, Djavan, o amado Caetano Veloso, Nana Caíme, Laura Pausini, Henrique Iglesias, Minha amada Marrom Alcione e tantos outros artistas espetaculares.

Saudade do tempo em que não se ouvia tanto lixo eletrônico, do tempo que a letra e a melodia se misturavam em um doce som, que embalava nossas fantasias, o sonho dos primeiros amores, primeiros beijos, não promovia o sexo e o uso de drogas, ou traições. Oh! Como eu queria que voltasse os tempos de outrora, onde casais andavam de mãos dadas, o respeito mútuo ainda dominava a sociedade, saudade da época em que o charme e o funk melody davam ênfase ao romantismo, com lindas letras, o rap tinha uma função social de denunciar injustiça, nesse tempo os valores eram ainda respeitados, mulheres eram pessoas reservadas, não frutas, ou apenas símbolo sexual, nesse tempo não havia tanta vulgaridade, divulgação e estímulo ao sexo quanto hoje, que provocam diariamente tantos assassinatos de bebês que não tem o direito de conhecer a vida, devido o aborto, a má formação, etc, são presentes no dia a dia de tantas jovens, tendo em vista que as mesmas não estão preparadas para a maternidade, e a banalidade do sexo faz com que irresponsavelmente ocorra gestação em crianças, adolescente.

Tudo que acontece tão precocemente com a evolução dos tempos, me levaram a vários questionamentos como: Onde nos perdemos? Onde nós erramos? Cadê os valores? Porque tanto erro? Onde vamos parar, nesse ritmo? Para onde foi à delicadeza? O que aconteceu com a conquista? E o carinho, o amor? Não encontro uma resposta plausível, apenas lamento, pois a evolução é boa desde que some ou multiplique o que já era bom, como mãe penso o que vai ser da minha filha que hoje tem 10 anos, imagino essa geração daqui a mais oito anos, me preocupo, pois tento passar valores que recebi, tento conciliar com a realidade atual, mas sei que não será uma tarefa fácil, por esta razão tento me preparar psicologicamente, emocionalmente, e mentalmente, para agir no momento que tiver de intervir, mas também respeitando o espaço dela, pois meu direito termina onde o dela começa, em nossa relação é assim, não importa se ela tem 10 anos ou quando tiver 18, acho isso importante.

Posso ser “careta” para essa geração sem limites, que acha que tudo pode, posso ser “retrô”, “recalcada”, vai ver eu sou mesmo, mas se ser “descolada” é abrir mãos do que acredito, é perder meus valores, sou tudo isso e muito mais, melhor ser ultrapassada do que ser sem noção. Espero não ofender a ninguém com minha maneira de pensar, mas penso assim, essa sou eu.

poetisa adorável
Enviado por poetisa adorável em 22/07/2013
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T4399125
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