A Felicidade


A felicidade não bate a porta de ninguém.
Esperar por ela de nada adianta.
 
Entendo a felicidade como um pouco de estado de espírito,
um pouco de busca e construção,
muito de amar o que se tem,
bastante de abrir mão de qualquer esperança,
um pouco de sorte, mas daquela sorte de quem procura,
e da certeza de que a felicidade plena é impossível
(porque é impossível ser plenamente feliz enquanto crianças sofrem),
ou mesmo de que felicidade contínua impossível também é.
 
Assim, mais felizes seremos, quanto mais minimizarmos causas de dores e sofrimentos, e quanto mais certezas tivermos de que ousamos trabalhar pelos que sofrem, não somente de forma caritativa (que é necessária na situação emergencial da fome, do frio e do abandono), mas também da luta sincera pela busca de uma transformação de nossa sociedade, tendo início esta transformação por nós mesmos.


Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 24/07/2013
Código do texto: T4402970
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