É, talvez seja isso que eu busque: o não achismo de não saber o que a vida vem me oferecer. De está conseguindo viver um dia após o outro depois de toda essa maré viva que me abocanhou e me deixou desnuda nesse mundo em que todas as vãs filosofias me abandonaram.

Mas, devo confessar que ainda estou com todo o corpo e roupas sujas de uma lama espeça que são bem difícil de sair. É como se fosse um carma, uma maldição, um encosto, algo tão ainda pesado para ser carregado pelas minhas fracas forças de ossos de vidro que tenho nos sentimentos. É muito complicado se perdoar por algo que não é tua culpa, mais é algo tão seu que não existe um falar, apenas existe um pesar.

Por mais contraditório que eu conseguir expor isso, talvez seja um desapego que estou criando. De conseguir superar tudo, mesmo que em  contra partida eu consiga me sentir mais leve do que já sou. Em conseguir não controlar minha vida e a das pessoas. De abandonar um pouco de lado meu egoísmo e minha posse, de conseguir respirar sem achar que a qualquer momento me falte ar.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 04/08/2013
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